Sobre o desenho infantil
Rodrigo Rocha é uma criança que está sob os meus cuidados de educadora ha 3 anos, ou seja, desde 2010 quando nossa Turma chamava-se PINTINHOS. Em 2011 ele foi da Turma da JOANINHA e atualmente é da Turma da ÁGUA.
Portanto, busquei trabalhos dele nos Livros da Vida dos diferentes anos para mostrar aqui a evolução do mesmo, que acaba sendo parecida nas demais crianças que também fizeram parte das diferentes turmas.
Desenho de Rodrigo aos 3 anos (início de 2010). |
Para Freinet (1977) o desenho assim como a palavra vai sendo aperfeiçoado e adaptado pelos princípios da experiência por tentativas (p. 55).
As experiências anteriores garantem meios novos para triunfar. Os desenhos ganham traços mais firmes (p. 41).
Desenho de Rodrigo 6 meses depois. |
A admiração do adulto aos triunfos alcançados pela criança, a cada desenho, fará com que tente novamente. (p. 42)
Desenho de Rodrigo início de 2011. |
O ambiente influencia o desenho infantil. a importância dada aos pequenos rabiscos garantirá os êxitos futuros e o desejo em aperfeicoá-los (p.47).
Desenho de Rodrigo com 4 anos, julho de 2011. |
A partir do momento que a criança dominar um número razoável de grafismos, poderá expressar sua história do jeito que imaginou (p. 84).
Desenho de Rodrigo outubro de 2011. |
Os tateios infantis se constroem em patamares sendo que em cada patamar consolida sua experiência (p.47).
Ver o adulto desenhar, ter atenção às suas primeiras produções, aumentará sua tendência em utilizar o desenho como forma de expressão (p.42).Desenho de Rodrigo início de 2012. |
Desenho de Rodrigo, abril de 2012 com 5 anos. |
Quando a criança toma conhecimento sobre o desenho que já faz e a escrita que vê o adulto fazer, passa a desenhar suas linhas, assim como percebe a escrita. (p. 48). É o que Freinet chama de bifurcação. Entendo que a criança chega a um patamar de entendimento e habilidade em que sua mãozinha obedece, em forma de movimento, o que o seu pensamento quer.
Desenho de Rodrigo, junho de 2012. |
Tateios do Rodrigo: ensaios e erros. Desenho pronto da Stephanye Karoline. |
Este é o Rodrigo em um dos inúmeros dias no ateliê do desenho.
Olha o Rodrigo aí superando desafios. |
Freinet (1977, p.68) compara a evolução do desenho à evolução da linguagem, contando com as experiências por tentativas. Ressalta que não existe uma norma para este desenvolvimento e nem uma idade. Há, no entanto, elementos determinantes como a capacidade em superar as dificuldades, possibilidades técnicas do autor e atitudes do meio.
Desenho de Rodrigo, agosto de 2012 |
É preciso então: "(...) tolerar, aceitar e apoiar o desenho - a expressão; dispor dos instrumentos necessários" (p.70).
BIBLIOGRAFIA
FREINET, Celestin. A aprendizagem do desenho. Método Natual II. Editora Estampa, Lisboa, 1977.
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