O refeitório da emei serve lanche para duas turmas de cada vez. Isso por si só já causa, no entanto, diante do barulho excessivo durante as refeições, perturbando adultos e crianças até mesmo desta turma, fizemos uma assembleia para combinar mos algumas atitudes.
Iniciei com a seguinte orientação: "O que é bom acontecer no refeitório enquanto vocês fazem a refeição"?
_ Imediatamente ouvi: _"Não pode falar alto". "_Não pode correr". "_Não pode jogar comida fora". E, assim por diante uma lista de "não-podes".
Tornei a falar, melhorando minha linguagem para que me entendessem:
_E o que pode?
Silêncio... ninguém disse nada...
_Vamos turma, o que é legal, faz bem, nos deixa feliz num ambiente com bastante crianças?
Aos poucos uma aqui outra ali foram dizendo, exemplificando, levantando a mão e depois eles mesmos na ânsia de falar (com o corpo) iam levantando-se e falando.
Bom, além desta conversa eu queria que as crianças percebessem a seriedade daquela proposta e por não caber mais em nosso guarda-chuva da sala (Gotinhas de boas atitudes) sugeri que fizéssemos em forma de álbum ou painel. Foi assim que surgiram tais falas e desenhos:
_ Não pode gritar, diz a Samara. Eu pergunto novamente: _O que pode? Ela responde: _ Falar baixo!
E para não jogarmos comida fora? _ A gente experimenta um pouquinho e se gostar e tiver fome, repete.
Ufa que alguém lembrou: _Tem que comer de boca fechada! Não pode falar com a boca cheia de comida.
RESPEITO...RESPEITAR.... Eu disse: _Quando eu respeito eu ando, falo baixo, como sem disperdiçar, enquanto mastigo o alimento não falo, espero todos se servirem para repetir o prato, e etc. e tal.
E sabe que tem dado certo. As imagens falam por si e com uma conversa participativa o entendimento é outro. A minha ladainha é diária, mesmo assim. As crianças não deixam de conversar e às vezes o volume das suas palavrinhas aumenta, mas um sinal, um pedido e diminuem o barulho.
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