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quinta-feira, 19 de abril de 2012

SOBRE ESTRABISMO

Por Joana Mattos


Oi pessoal estou muito contente por poder postar assuntos que causam muita preocupação dentro das nossas Unidades. Tenho observado um número grande de crianças com estrabismo, muitas vezes mesmo alertando as famílias percebo um grande desinteresse por parte delas. Vou até contar um “ causinho “ que aconteceu na minha escola. Estava orientando uma mãe  a procurar o oftalmologista,  pois o filho apresentava estrabismo, falei da importância do tratamento o mais rápido possível, entreguei um folhetinho explicativo, etc. Sabem o que ela me falou????
_ “ Vou deixar ele crescer para poder escolher se vai fazer a cirurgia ou não!” Isso acontece muito!!! Precisamos continuar orientando e encaminhando nossas crianças para que elas possam se desenvolver  de maneira adequada.

O que é o Estrabismo?

Estrabismo (ou vesgueira ), é uma anomalia ( defeito ) dos olhos em que eles perdem o paralelismo entre si. Enquanto um dos olhos olha em frente, o outro está desviado. É comum parentes ou amigos dizerem aos pais de uma criança estrábica que “isso sara sozinho”, pois isso ocorreu com um seu filho. Trata-se de má interpretação dos fatos, pois o estrabismo jamais sara espontaneamente. Quando os pais perceberem que o seu filho não sarou, pode ser tarde, pois a visão de um olho já sofreu alteração. O que ocorre é que, antes dos 4 meses de idade, os olhos podem “dar umas desviadinhas”, porém é por período de tempo muito curto. Isso ocorre porque os reflexos que alinham os olhos ainda não estão maduros. Não se trata de estrabismo, pois estrabismo é uma doença e essas “desviadinhas” antes dos 4 meses são “normais”. A visão binocular mal desenvolvida na infância permanece imperfeita por toda vida.

Estrabismo é um problema apenas de posicionamento dos olhos?

NÃO. O desvio dos olhos ( estrabismo ) é o que se vê. Atrás dele há problemas sensoriais, cerebrais, na área da visão. A pessoa que nasceu estrábica ou adquiriu o estrabismo muito cedo, antes de um ano de idade, usa outro mecanismo para não ver duplo; em vez de alinhar os olhos, suprime a imagem que se formou na retina do olho desviado. Essa imagem não chega ao cérebro. Com isso, ele fica livre da visão dupla, mas sofre uma conseqüência grave. As células cerebrais responsáveis por esse olho atrofiam, por falta de uso, portanto a visão desse olho fica baixa, complicação chamada Ambliopia ( conhecida como olho preguiçoso ).

A ambliopia é tratada da seguinte maneira:

Ajudar o olho “preguiçoso” a melhorar a visão,.isso é feito obrigando a criança a enxergar com este olho, normalmente usando um tampão sobre o olho bom por algumas horas diariamente. Desta maneira o cérebro da criança desenvolve a visão do olho ruim. O médico tem que acompanhar o tratamento para garantir que a visão esteja melhorando, e que a visão do olho bom não esteja sendo prejudicada. Quanto mais jovem a criança mais freqüentes tem que ser as visitas. O numero de horas diárias de tampão também varia de acordo com a idade da criança. Apesar de parecer simples muitas vezes é difícil para a criança e para os pais fazer o tratamento corretamente já que a criança não gosta de usar o tampão por razões estéticas, por vergonha dos amiguinhos e porque no começo do tratamento o olho ruim não permite que ela enxergue bem (isso vai melhorando progressivamente durante o tratamento). Somente entendendo para que serve o tratamento os pais têm estímulo para garantir que o tampão seja usado corretamente. Até hoje esta é a única maneira de compensar a ambliopia (ou o olho preguiçoso), ainda não existe laser, cirurgia, colírio que ajude a resolver a ambliopia. Crianças maiores de sete anos e adultos costumam apresentar resultados piores no tratamento já que depois desta idade o cérebro perde grande parte de sua capacidade de corrigir o problema. Eliminada a ambliopia, passa-se a tratar do desvio dos olhos. Em alguns casos, isso se consegue apenas com o uso de óculos, mas, na grande maioria das vezes, o tratamento é cirúrgico.

Figura 1 CRIANÇA COM ESTRABISMO

Figura 2 FORMAS DE TRATAMENTO: USO DO TAMPÃO.

Figura 3 FORMAS DE TRATAMENTO: USO DO TAMPÃO E ÓCULOS.


Figura 4 - ANTES DA CIRURGIA.

Figura 5 - DEPOIS DA CIRURGIA


FONTES:
- Pesquisa na internet sobre definição e formas de tratamento médico do Estrabismo . e Ambliopia.
- Fotos de crianças que freqüentaram nossas Unidades de Educação Infantil, sendo que as fotos do antes e depois da cirurgia são de uma criança que freqüenta atualmente a EMEI Celisa.
- Acervo pessoal.
Espero que tenham gostado!
Beijinhos
Joana



2 comentários:

  1. Dicas e orientações como essas só de quem sabe!!! Bjs Joana!

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  2. PARABÈNS pela publicação tenho certeza que irá ajudar muitos pais,profissionais e todas as pessoas iteressadas com o bem estar de nossas crianças.
    Espero mais publicações suas, e obrigada por ser sempre minha MUSA INSPIRADORA.
    Bjs TE AMO!
    JU

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