Por Joana Mattos
Oi pessoal estou muito contente por poder postar
assuntos que causam muita preocupação dentro das nossas Unidades. Tenho
observado um número grande de crianças com estrabismo, muitas vezes mesmo
alertando as famílias percebo um grande desinteresse por parte delas. Vou até
contar um “ causinho “ que aconteceu na minha escola. Estava orientando uma
mãe a procurar o oftalmologista, pois o filho apresentava estrabismo, falei da
importância do tratamento o mais rápido possível, entreguei um folhetinho
explicativo, etc. Sabem o que ela me falou????
_ “ Vou deixar ele crescer para poder escolher se
vai fazer a cirurgia ou não!” Isso acontece muito!!! Precisamos continuar orientando e encaminhando
nossas crianças para que elas possam se desenvolver de maneira adequada.
O que é o
Estrabismo?
Estrabismo
(ou vesgueira ), é uma anomalia ( defeito ) dos olhos em que eles perdem o
paralelismo entre si. Enquanto um dos olhos olha em frente, o outro está
desviado. É comum parentes ou amigos dizerem aos pais de uma criança
estrábica que “isso sara sozinho”, pois isso ocorreu com um seu filho.
Trata-se de má interpretação dos fatos, pois o estrabismo jamais sara
espontaneamente. Quando os pais perceberem que o seu filho não sarou, pode ser
tarde, pois a visão de um olho já sofreu alteração. O que ocorre é que, antes
dos 4 meses de idade, os olhos podem “dar umas desviadinhas”, porém é por
período de tempo muito curto. Isso ocorre porque os reflexos que alinham os
olhos ainda não estão maduros. Não se trata de estrabismo, pois estrabismo é
uma doença e essas “desviadinhas” antes dos 4 meses são “normais”. A visão
binocular mal desenvolvida na infância permanece imperfeita por toda vida.
Estrabismo
é um problema apenas de posicionamento dos olhos?
NÃO. O
desvio dos olhos ( estrabismo ) é o que se vê. Atrás dele há problemas
sensoriais, cerebrais, na área da visão. A pessoa que nasceu estrábica ou
adquiriu o estrabismo muito cedo, antes de um ano de idade, usa outro mecanismo
para não ver duplo; em vez de alinhar os olhos, suprime a imagem que se formou na retina do
olho desviado. Essa imagem não chega ao cérebro. Com isso, ele fica livre da
visão dupla, mas sofre uma conseqüência grave. As células cerebrais
responsáveis por esse olho atrofiam, por falta de uso, portanto a visão desse
olho fica baixa, complicação chamada Ambliopia ( conhecida como olho preguiçoso
).
A
ambliopia é tratada da seguinte maneira:
Ajudar o
olho “preguiçoso” a melhorar a visão,.isso é feito obrigando a criança a
enxergar com este olho, normalmente usando um tampão sobre o olho bom por
algumas horas diariamente. Desta maneira o cérebro da criança desenvolve a
visão do olho ruim. O médico
tem que acompanhar o tratamento para garantir que a visão esteja melhorando, e
que a visão do olho bom não esteja sendo prejudicada. Quanto mais jovem a
criança mais freqüentes tem que ser as visitas. O numero de horas diárias de
tampão também varia de acordo com a idade da criança. Apesar de
parecer simples muitas vezes é difícil para a criança e para os pais fazer o
tratamento corretamente já que a criança não gosta de usar o tampão por razões
estéticas, por vergonha dos amiguinhos e porque no começo do tratamento o olho
ruim não permite que ela enxergue bem (isso vai melhorando progressivamente
durante o tratamento). Somente entendendo para que serve o tratamento os pais
têm estímulo para garantir que o tampão seja usado corretamente. Até hoje esta
é a única maneira de compensar a ambliopia (ou o olho preguiçoso), ainda não
existe laser, cirurgia, colírio que ajude a resolver a ambliopia. Crianças
maiores de sete anos e adultos costumam apresentar resultados piores no
tratamento já que depois desta idade o cérebro perde grande parte de sua
capacidade de corrigir o problema. Eliminada a ambliopia, passa-se a tratar do
desvio dos olhos. Em alguns casos, isso se consegue apenas com o uso de óculos,
mas, na grande maioria das vezes, o tratamento é cirúrgico.
Figura 1 CRIANÇA COM ESTRABISMO
Figura 2 FORMAS DE TRATAMENTO: USO
DO TAMPÃO.
Figura 3 FORMAS DE TRATAMENTO: USO
DO TAMPÃO E ÓCULOS.
Figura 4 - ANTES
DA CIRURGIA.
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Figura 5 - DEPOIS
DA CIRURGIA
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FONTES:
-
Pesquisa na internet sobre definição e formas de tratamento médico do
Estrabismo . e Ambliopia.
- Fotos
de crianças que freqüentaram nossas Unidades de Educação Infantil, sendo que as
fotos do antes e depois da cirurgia são de uma criança que freqüenta atualmente
a EMEI Celisa.
- Acervo
pessoal.
Espero
que tenham gostado!
Beijinhos
Joana
Dicas e orientações como essas só de quem sabe!!! Bjs Joana!
ResponderExcluirPARABÈNS pela publicação tenho certeza que irá ajudar muitos pais,profissionais e todas as pessoas iteressadas com o bem estar de nossas crianças.
ResponderExcluirEspero mais publicações suas, e obrigada por ser sempre minha MUSA INSPIRADORA.
Bjs TE AMO!
JU